A propósito do mesmo PNAD, o pesquisador Ricardo Paes de...

A propósito do mesmo PNAD, o pesquisador Ricardo Paes de Barros concedeu entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, caderno “Aliás”, edição de 4/12/2005, da qual foi extraído o texto que se segue.

No mercado de trabalho, a desigualdade de gênero é muito maior que a desigualdade racial. Na educação, é o contrário: as mulheres são tão ou mais educadas que os homens, enquanto os diferenciais por cor são gigantescos. Ou seja, o diferencial de cor se manifesta na escola, e o mercado de trabalho simplesmente ratifica, separando o qualificado do nãoqualificado. No caso da mulher, é o contrário. Durante toda a infância, ela não é discriminada. A discriminação contra a mulher é gerada no mercado de trabalho.

Você pode reclamar do Bolsa-Família, mas negar que seu nível de focalização esteja à frente dos outros programas sociais brasileiros é loucura. Pode até ser clientelismo, mas esse é o risco que corre todo programa focalizado. Afinal, para acabar com a pobreza, tem de chegar no pobre.

Considerando as informações apresentadas nos gráficos mostrados na página anterior — figuras de I a V — e o texto acima, inserindo-os no contexto mais amplo da realidade social brasileira, julgue os itens subseqüentes.

De 1992 a 2004, o mercado de trabalho ocupou equitativamente a mão-de-obra masculina e feminina. Quando cotejado o número de trabalhadores em relação ao número total de pessoas com idade para trabalhar, como mostra o gráfico ilustrado na figura II, vê-se que o crescimento das vagas, por sexo, foi praticamente o mesmo, ascendente em ambos os casos.

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