A Saúde do Trabalhador constitui uma das áreas da Saúde Pública, caracterizando-se por ter como objeto de estudo e intervenção as relações entre o trabalho e a saúde. Seus objetivos compreendem a promoção e a proteção da saúde do trabalhador, desenvolvidos, entre outras ações, por meio da vigilância dos riscos presentes nos ambientes e condições de trabalho, dos agravos à saúde do trabalhador e a organização e prestação da assistência aos trabalhadores, nela compreendidos os procedimentos de diagnóstico, tratamento e reabilitação de forma integrada, no Sistema único de Saúde (SUS) (Brasil, 2012). Nesse contexto, a vigilância a saúde da mulher constitui fator de extrema importância, em razão de sua inserção no mercado de trabalho e das dificuldades em acessar os serviços de saúde em função do trabalho. Considerando as afirmativas, o enfermeiro do trabalho, tem por responsabilidade assegurar as mulheres trabalhadoras, orientações que visem à promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos. Com destaque para as ações de prevenção que orientações deveriam ser disponibilizadas pelo enfermeiro do trabalho, segundo referencial do Instituto nacional do Câncer (INCA) em relação à indicação e periodicidade da coleta do exame de citologia oncótica do colo de útero é incorreto afirmar:
O método de rastreamento do câncer do colo do útero no brasil é o exame citopatológico (exame de Papanicolaou), que deve ser oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual.
A rotina recomendada para o rastreamento no brasil é a repetição do exame Papanicolaou a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano. A repetição em um ano após o primeiro teste tem como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado falso-negativo na primeira rodada do rastreamento. A periodicidade de três anos tem como base a recomendação da OMS e as diretrizes da maioria dos países com programa de rastreamento organizado. Tais diretrizes justificam-se pela ausência de evidências de que o rastreamento anual seja significativamente mais efetivo do que se realizado em intervalo de três anos.
O rastreamento de mulheres portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas constitui uma situação especial, pois, em função da defesa imunológica reduzida e, consequentemente, da maior vulnerabilidade para as lesões precursoras do câncer do colo do útero, o exame deve ser realizado logo após o início da atividade sexual, com periodicidade anual após dois exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral.
O Sistema de Informação do Pré-Natal e Nascimento (SISPRENATAL) é uma ferramenta de gerência das ações do programa de controle do câncer de colo do útero. Os dados gerados pelo sistema permitem avaliar a cobertura da população-alvo, a qualidade dos exames, a prevalência das lesões precursoras, a situação do seguimento das mulheres com exames alterados, dentre outras informações relevantes ao acompanhamento e melhoria das ações de rastreamento, diagnóstico e tratamento.
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