Os participantes de um grupo, ao adentrarem no processo de terapia grupal, tendem a ver o terapeuta de acordo com o viés de sua própria história de vida. Aos seus olhos, o terapeuta pode parecer uma pessoa gentil, cordial e confiável ou, inversamente, alguém descortês e pouco digno de confiança. Entretanto, os participantes do grupo não percebem apenas o terapeuta de uma forma distorcida da realidade, mas também tendem a perceberem-se uns aos outros de maneira irreal. Esse tipo de percepção distorcida do campo relacional, resultante das expectativas do passado que são projetadas inadvertidamente no presente, de modo totalmente indiscriminado e inconsciente, é o que se convencionou denominar transferência. Sobre a transferência no processo grupal, é CORRETO afirmar:
A partir do momento em que ela ocorre ou surge no campo relacional, certo é que produzirá resultados saudáveis para o processo de terapia do grupo.
Assim como na terapia analítica, onde o analista gradualmente torna-se o foco de toda transferência do paciente, no grupo o deslocamento é o mesmo, o que muda é o fenômeno do deslocamento.
A transferência no grupo é multilateral, pois engloba não somente o relacionamento dos pacientes com o terapeuta, mas, também, dos próprios membros entre si, e é também cruzada, pois envolve um entrelaçamento constante de experiências de significado.
A transferência no grupo é possível de ser evitada, visto que o terapeuta consegue manter o distanciamento emocional para preservar a relação com o todo, e com as partes desse todo.
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