Após o primeiro contato com um jovem terena no Distrito Sanitário Especial Indígena –DSEI – em que trabalha, a psicóloga diz a um colega de equipe: “Preciso entender as representações culturais dele, que são muito diferentes das nossas, para saber o que fazer”. Segundo a Antropologia Simétrica de Bruno Latour, a frase da psicóloga é expressão de:
um ponto de vista institucionalista, que confere à psicologia uma tarefa desnaturalizadora
um enfoque pragmático, cujo objetivo é dotar de poder contratual as populações fragilizadas
um ideário etnopsiquiátrico, que se apoia na diferenciação entre razão científica e crença tradicional
uma postura evolucionista, que percebe os fetiches indígenas como antagonistas das ciências civilizadas
uma perspectiva moderna, cujo relativismo preserva a separação arbitrária entre interioridade e exterioridade
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