Em seu curso preliminar na Bauhaus, Johannes Itten desenvolveu junto com seus alunos uma série de estudos relativos à construção da imagem e à natureza das possibilidades que orientavam essa premissa. Os resultados alcançados por ele entre 1919 e 1922 em Weimar – ano em que se afasta da escola alemã –, deixaram um legado fundamental para o desenvolvimento daquele estabelecimento de ensino artístico. A maior contribuição trazida por Itten para o ensino da arte e, consequentemente, para o avanço do design no século passado, foi:
o aprofundamento da espiritualidade do indivíduo, a partir da abertura de consciência gerada pelos exercícios de meditação realizados antes da aula para potencialização da capacidade criativa do indivíduo;
o desenvolvimento da percepção visual centrada em tarefas relativas ao contato com a paisagem e que salientavam o aspecto geométrico da natureza, facilitando assim, uma melhor compreensão do que deveria nortear o processo de criação no design e na arquitetura;
a elaboração de um sistema de aplicação cromática assentado na teoria da cor elaborada por Johann Wolfgang von Goethe, a partir de estudos que culminaram com a publicação dos resultados de sua pesquisa em 1810;
a análise das obras dos grandes mestres realizada por Itten com seus alunos e a sua teoria da cor, ambas elaboradas a partir de uma nova abordagem para a educação artística, envolvendo a percepção visual e os processos criativos;
a pesquisa empreendida por Itten no campo da forma que abriu novas portas para o conhecimento construtivo da imagem, sugerindo um aspecto multidisciplinar para diversas abordagens do fenômeno.
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