Solange, 34 anos de idade, casada, com dois filhos, de 10 e 11 anos de idade, advogada, recebeu recentemente o diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica. Há três meses, seu marido, Paulo, também advogado, com 40 anos, está em tratamento de câncer na próstata. Ambos são servidores públicos concursados, moram em um apartamento cedido pelos pais e estão se organizando para adquirir a primeira casa própria. O diagnóstico de câncer foi, para Paulo, um duro golpe e ele chegou a entrar em depressão. Os médicos estavam otimistas com relação ao tratamento, mas Paulo teve muita dificuldade em lidar com a situação; teve medo da impotência e da morte. Logo após o diagnóstico ele começou um processo terapêutico no serviço de psicologia do órgão em que trabalha. Solange está planejando aumentar sua renda mensal advogando para o escritório de um amigo após o expediente, pois assim poderá viabilizar o tratamento do marido sem colocar em risco os planos de ter a casa própria.
De acordo com o modelo de estresse proposto por Hans Selye, situações entendidas por Solange como ameaçadoras resultariam em liberação de catecolaminas capazes de elevar sua pressão sanguínea e provocar uma crise hipertensiva.
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